Inclusão digital é um termo que abrange muitas ações. A definição dada pelos professores Alberto Geraissate e Paulo Montanaro fala que "Inclusão digital é o ato de dar acesso à tecnologias de informação e comunicação a toda população, oferecendo também todas as condições necessárias para que elas utilizem computadores e todo e qualquer dispositivo digital afim de buscar melhorias em suas condições de vida e de toda a sua comunidade".
A inclusão digital tanto pode ser usada a favor do processo educativo, como pode ser um instrumento de exclusão. Para estar a favor do processo educativo, a primeira ação a ser realizada é que as pessoas também sejam incluídas socialmente. Infelizmente em nosso país 10% da população ainda é analfabeta e grande parte dos demais é analfabeto funcional, então é necessário melhorar a educação, em em conjunto acrescentar a inclusão digital para todos. O uso das tecnologias deve promover o bem estar de todo o grupo social, favorecer sua cultura, suas necessidades e particularidades, para então poder considerar que a massa excluída está inserida nesse mundo.
Uma alternativa para tentar diminuir a quantidae de analfabetos funcionais e permitir que o ensino seja mais acessível seria o governo colocar o ensino médio e supletico à distância. Isso permitiria que alunos deficientes físicos e que têm dificuldade com horários pudessem voltar a estudar, além de serem incluídos digitalmente. Esse processo não deve ser fácil, já que até para quem tem uma faculdade e resolveu fazer uma outra à distância ( que é o meu caso e de vários colegas) enfrenta inúmeros desafios. Mas seria uma proposta que talvez ajudasse a diminuir a evasão escolar e com certeza contribuiria para melhorar o nível de conhecimento da nossa população.
O acesso à internet no Brasil cresceu de 5,8% da população em 2000 para 13,9% em 2005. Esse aumento é bastante considerável, mas se comparado com países desenvolvidos, como os Estados Unidos, que possuem 68,7% da população com acesso à internet, percebemos que há muito o que fazer por aqui. Então, observando esses dados, pode-se concluir que outras ações importantes a serem realizadas são baratear os custos e expandir os conhecimentos necessários para que se possa ter acesso a essa tecnologia.
Na cidade de Sorocaba, onde eu resido, há um projeto muito interessante de inclusão digital, chamado "Sabe Tudo". São centros de estudo equipados com 20 coputadores avançados, que utilizam a interne gratuitamente como ferramenta de pesquisa, além de disponibilizar à comunidade jornais, revistas e mirante de observação. É uma iniciativa importante para promover o acesso à informação e pesquisa para a parcela da população menos favorecida, e permitindo a inclusão digital no processo educativo. Esse centros de estudo ficam anexados à escolas municipais. É lamentável que sejam poucos, são apenas 21 unidades. Esse projeto da Secretaria da Educação teve apoio da Secretaria do Governo e Planejamento, e foi inspirado no "Farol do Saber" de Curitiba.
Embora seja um projeto muitobom, não é o bsatante. É necessário incentivar as pessoas a terem um objetivo a mais, uma necessidade social maior. E a educação é a base para que a internet tenha função de meio de comunicação para a sociedade se desenvolver. A troca e a circulação de informações são fundamentais para que esse desenvolvimento ocorra, e para contruirem coletivamente um visão de mundo, pois todo conhecimento acontece individual e coletivo simultaneamente. Mas precisa que isso ocorra de forma saudável, sem excluir os menos favorecidos, e principalmente dando subsídios (educação) para que as pessoas se desenvolvam como um todo.
O computador, o celular, a internet, são exemplos de tecnologias usadas para conservar informações e produzir trocas, proporcionando um intercâmbio de informações que ocorre em tempo real por todo o planeta, e podem ajudar a muito na aquisição de conhecimento, desde que as pessoas estejam preparadas para buscá-lo.
O papel do educador torna-se fundamental, então é necessário que o futuro educador se prepare para atuar de forma abrangente junto ao espaço e as instituições sociais, participando e intervindo nas tecnologias e nas relações humanas que decorrem de seus usos, e buscando uma inclusão digital consiente para seus alunos.
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